28 de Junho, um dia que ficou marcado na história, representando diversas pessoas que antes não tinham voz. Dia...
28 de Junho, um dia que ficou marcado na história, representando diversas pessoas que antes não tinham voz. Dia do Orgulho LGBTQIA+. Um dia onde é celebrado o amor e, principalmente, o respeito! São realizadas manifestações em diversos lugares do mundo, mostrando para quem ainda não quer ver, que o amor existe e não exige forma para se manifestar. Todos devem e merecem ser amados, do jeitinho que eles desejam ser.
Com uma onda de ações policiais impróprias sendo realizadas em bares gays de Nova Iorque, diversos gays, lésbicas, travestis e drag queens foram às ruas em Stonewall Inn, Greenwich Village nos Estados Unidos, nas primeiras horas da manhã de 28 de Junho de 1969 lutar por seus direitos.
Esse movimento ficou conhecido como Stonewall Riot, que teve 6 dias de duração.
O episódio marcou a comunidade LGBTQIA+, tornando a data internacionalmente conhecida e comemorada em busca de direitos igualitários.
O dia do Orgulho LGBTQIA+ serve para lembrarmos do contexto histórico vivido até então – pelo que a sociedade julgava como minorias – para chegar aos dias de hoje.
Sabemos que ainda há um longo caminho em busca do fim do preconceito, melhores oportunidades de trabalho e reconhecimento para esse público. Neste dia, precisamos comemorar as vitórias lembrando daqueles que passaram a vida em busca do respeito e reconhecimento à diversidade neste país, e hoje abrem portas para a liberdade de ser quem você quiser, e sentir, ser.
Em meio a ditadura militar, entre 1964 – 1985, vemos o movimento LGBT se instalando pelas ruas brasileiras. Publicações alternativas foram essenciais nesse período, para que as pessoas tivessem espaço e voz para falarem sobre o assunto. Jornais muito importantes da época, e lembrados até hoje pela comunidade são o Lampião de Esquina e ChanacomChana.
O Lampião da Esquina, fundado em 1978, era abertamente homossexual, abordando temas sobre o assunto, e também trazendo outras questões sociais importantes da época. O jornal denunciava diversos ataques violentos contra os LGBT na época, expondo e condenando aqueles que não os respeitavam.
Já o ChanacomChana foi criado por um grupo de lésbicas, em 1981, e comercializado no Ferro’s Bar, que era frequentado por lésbicas e grupos LGBT’s, porém, a venda do jornal não era autorizada pelo dono do local, o que o levou a expulsar as mulheres que o comercializavam em 1983. Com isso, o ato gerou revolta e reuniu diversas lésbicas, feministas e ativistas em um ato político, resultando na proibição da venda do jornal no país. Esse episódio ficou conhecido como o Stonewall Brasileiro e, por causa dele, no dia 19 de Agosto é comemorado o dia do Orgulho Lésbico em São Paulo.
Outro fato triste que marcou o movimento, foi a epidemia de HIV. O vírus matou muitos LGBT’s, alterando significativamente as organizações políticas da época. Assim, a comunidade passou a ser vista como portadora e transmissora da doença incurável, sendo chamada de “câncer gay”. As consequências disso são sentidas até os dias atuais.
É difícil classificar quais são as principais pautas do movimento LGBT, pois cada país teve um contexto político e social diferente, fazendo com que houvesse diferenças de um local para outro. Porém, trouxemos as principais pautas em nosso país:
O dia do Orgulho LGBTQIA+ é uma data para que todos, independente de sua identidade de gênero, reflitam sobre toda a história da comunidade, percebendo que sim, todos merecem respeito, amor e cuidado, independente do que para si é uma escolha, um sentimento ou parte do seu próprio ser biológico ou não. Antes de ser LGBTQIA+ somos pessoas, com a mesma carne, mesmos ossos e sangue correndo pelas veias. E por isso, fica a reflexão: Se somos todos iguais, por que ainda brigamos por respeito e igualdade?
A DIVERSIDADE IMPORTA.
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Escrito por:
Equipe de Conteúdo
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